Além do instinto de autoproteção, diversos outro fatores influenciam na socialização do felino com outros pets. A genética é apenas um deles. Bichanos que foram bem socializados durante a infância, que têm uma genética sociável e passaram por boas experiências serão mais facilmente socializados do que os gatinhos ariscos ou medrosos. “Depois de adulto, cada indivíduo vai ser diferente. Às vezes é possível socializá-lo, às vezes não. Forçar um convívio estressante entre dois animais que não se dão bem é prejudicial para ambos”, afirma Claudia Terzian, médica veterinária especialista em manejo comportamental de cães e gatos.
O segundo fator, de acordo com Claudia, é a epigenética, que se refere à modulação da expressão de certas características que estão presentes no genoma dos gatinhos, de acordo com o ambiente em que vivem. Em outras palavras, as experiências vividas pela mamãe gata influenciam características que aparecerão no seu filhote. “Quando os gatos cruzam, todas as influências do meio podem alterar o que vai ser expresso ou não naquele genoma. Por exemplo, uma gata feral, que passa fome ou foge, que passou por doença ou foi maltratada durante o cio, a gestação e o nascimento do filhote, tende a ter filhotes mais agressivos, ariscos e menos sociáveis, como se tivessem sido preparados para um ambiente mais hostil”, explica Claudia, acrescentando que isso se propaga por três gerações. Já o terceiro fator é a socialização e o desenvolvimento do filhote em si. “Esses três fatores vão influenciar na docilidade do gato”, resume a especialista.
Pets Maju (gata) e Freud (cão) de Grasiele Silva, de Rio das Ostras – RJ: “Dormem, comem, brincam, fazem tudo juntos. Ela dá até banho nele”
Cadelinha Bella e gatinha Allice, de Elizabete Rosa, de Várzea Grande – MT: “Amigas desde sempre. Adotadas das ruas, já sofreram nas mãos de humanos, mas hoje têm vida digna e uma não vive sem a outra”
Maiara Rodrigues, de Gravataí-RS: “Minha gata amava cães, sempre tentava interagir com os que via pela janela, mas às vezes eles não eram muito receptivos. Meu gato sempre teve muito medo, por isso adotei uma filhote pra ele ir se acostumando… No começo se estranharam, mas depois ela conquistou a todos nós. Hoje tenho duas cadelas e eles brincam todos juntos no quintal sob minha supervisão”. Na foto, cachorrinha Lilith e a gata Sansa
Vitinho e a gatinha Crystal, de Sandra Elisa, de Alvorada – RS: “Se fosse colocar todos os pets na foto não iria caber, são 12 gatos e 4 cães, todos em harmonia dentro de casa”
Gato Leonardo da Vinci e cão Frederico, de Marcia Fernandes Amaral, de São Gonçalo – RJ. “Os meus convivem muito bem. Até porque quem manda são os gatos”
Cão Duck, de Tatiana Lima de Oliveira, de Campinas – SP, cuida dos gatinhos da casa com o maior amor
Flor e Tshunaw, de Vilma Mancini, de Santa Gertrudes-SP, não se desgrudam!
Carla Andrea Cossio, de São Paulo – SP, tem três peludos em casa: os gatinhos Zhen (frajolinha) e Hermione (preta) de 6 anos, e a cadelinha Yorkieshire, Lolita, de 4 anos. “Lolita convive com eles desde 3 meses de idade. Eles se deram bem logo no começo”, diz
Na casa de Silvana Sansalone Castellón, de Mauá-SP, os três gatos Niklaus, Zeus e Goku convivem com a cachorrinha Bibi e os jabutis Tidows (fêmea) e Leonardo, conhecido como Leo. “Meu quintal é muito grande, tem espaço mais do que suficiente para diversão, para gastar energia e cada um escolhe a vontade onde quer ficar”, destaca