Ficar em casa, em confinamento, nos forçou a adotar comportamentos felinos em nossa rotina
Enxergar o lado positivo de tudo é preciso. Ainda mais em um momento tão difícil como o que a humanidade está passando. Assim, nós, da Pulo do Gato, decidimos lançar um olhar mais atento ao nosso amado felino e refletir sobre o que pudemos aprender com ele durante a pandemia.
1) Higiene é muito importante
Gatos sempre foram muito limpos e, logo que se sujam, começam a se lamber. Assim, o hábito de lavar as mãos com frequência e tomar banhos a cada saída de casa é um dos “comportamentos felinos” aprendidos por nós, humanos, com a pandemia. “Gatos passam, em média, de 30 a 50% do tempo que estão acordados se lambendo. A autolimpeza é um comportamento biológico, selecionado, que todo felino faz – seja doméstico ou selvagem, até os de porte grande – em proporção, padrão e sequências semelhantes”, aponta Carlos C. Alberts, professor e pesquisador do Laboratório de Evolução e Etologia (LEvEtho) da Unesp, cuja tese de doutorado tratou dessa questão da autolimpeza. “Gatos têm uma série de estruturas sensoriais, como bigodes, as ‘sobrancelhas’, entre outras, que precisam ser mantidas limpas para que não haja interferência em sua percepção do meio”, acrescenta Carlos.
2) Permita-se descansar!
Outro ponto positivo que a quarentena nos trouxe – e que gatos sempre tiveram como prioridade – é descansar quando o corpo pede. Aquela soneca após o almoço foi possível em muitas casas – geralmente aquelas sem crianças – desde o início da pandemia. “Gatos dormem de 15 a 16 horas por dia, pois são atléticos e saltam até sete vezes o seu tamanho, caçam, lutam por seu território, enfim, eles precisam desse descanso para manter suas capacidades diante dos desgastes e do gasto energético que as atividades diárias de um caçador exclusivamente carnívoro demanda”, diz Carlos.
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