Animais de companhia interferem no comportamento das crianças

Devido ao excesso de cuidados com os seus filhos, certos pais, principalmente os de primeira viagem, podem apresentar algum receio em ter um animal de companhia convivendo com as suas crianças. No entanto, a quantidade de benefícios que um singelo gatinho é capaz de trazer para a garotada deve superar qualquer medo ou insegurança dos pais. 

Segundo Claudia Razuk, coordenadora pedagógica da unidade Campo Belo do Colégio Itatiaia, os pequenos que convivem com pets são mais carinhosos e têm um melhor desenvolvimento da coordenação motora. Além disso, as mascotes também os ajudam a desenvolver valores como amizade e companheirismo.

Claudia afirma que as diferenças no comportamento de um aluno que tem um animal de companhia podem ser identificadas no ambiente escolar. A convivência com um felino, por exemplo, é capaz de criar um senso de responsabilidade na criança, pois, na maioria das vezes, ela ajuda a cuidar dele, colocando água em seu potinho e ajudando a limpar a sua caixinha sanitária. 

“O bichinho é um ser vivo e um grande companheiro. A garotada cria um vínculo de amor com o gato e, a partir daí, a preocupação com o bem-estar dele torna-se natural. Assim, os cuidados viram parte de uma rotina, ou seja, de uma sequência de acontecimentos que ajuda a criança a organizar o seu dia a dia, a se planejar e a se comprometer com o animal e com as demais pessoas da casa. Além disso, essa relação também reflete na aprendizagem de muitos ‘porquês’ e das consequências que podem ser geradas pelos seus próprios atos”, aponta a coordenadora pedagógica, que também diz que em seu colégio muitos estudantes têm animaizinhos em casa e ressaltam essa relação de experiência e maturidade.  “Temos vários alunos que têm bichinhos e a maioria relata as suas peripécias de cuidados e carinhos. Eles sempre falam de seus pets como alguém da família, ou seja, como um irmão que não pode faltar em qualquer acontecimento que reúne todo o clã. Esses animais sempre aparecem para nós de uma maneira ou de outra, seja nas fotos que eles fazem questão de nos mostrar ou até mesmo em seus desenhos e trabalhinhos”, afirma Claudia, que dá a dica para os papais e as mamães de plantão: “Um pet não só alegra o ambiente familiar como também influencia positivamente no desenvolvimento emocional da criança, ou seja, não estamos falando apenas de mais um presente para o seu filho brincar, e sim de um amigo que o ajudará em sua jornada rumo ao crescimento”. 

 

Crianças com autismo

Uma pesquisa publicada no periódico PLoS One apontou que o contato com animais de companhia também pode ter efeito positivo no comportamento das crianças autistas. De acordo com os especialistas do Centro de Pesquisa do Hospital de Brest, na França, crianças a partir de cinco anos com a síndrome que ganharam um cão ou um gatinho se relacionaram melhor socialmente com outras pessoas. 

 

Aline Ribeiro 
Lucky Assessoria
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