Foi-se o tempo em que pensávamos que todo bicho era só instinto, desprovido de inteligência, e que só possuía reflexo condicionado. Hoje sabemos que os animais têm emoções, inteligência e chakras em um número maior do que o nosso. Os animais apresentam, por exemplo, uma capacidade de enxergar a aura muito maior do que a nossa e por isso conseguem perceber intenções e sentimentos, principalmente em relação a eles, muito antes do que nós, humanos. A desconfiança em relação a certas pessoas, da parte do animalzinho, muitas vezes denota a percepção de algo que vai muito além de nossos olhos. O que se observa da parte do homem, na maioria das vezes, é uma certa arrogância, ou sentimento de superioridade, que não o deixa perceber sinais sutis enviados pelos animais que demonstram toda sua sensibilidade e inteligência. Todo o bichinho merece consideração e respeito, uma vez que pertence ao reino animal assim como nós. Estamos todos interligados e todo o desequilíbrio causado a uma das partes, se reflete no todo.
Vendo desta perspectiva, devemos considerar que, se o Homem em seu desequilíbrio emocional gera desequilíbrio no corpo físico, os animais também o fazem e, muitas vezes, condicionados ao convívio com o homem. Nos animais de estimação, por exemplo, isto é muito fácil de ser observado. Quem nunca percebeu semelhanças entre a personalidade de seu animalzinho e aquela de pessoas de seu convívio? É muito comum que nossos bichinhos de estimação desenvolvam doenças semelhantes às nossas, ou seja de mesmo fundo emocional. A interação entre o campo energético do tutor e aquele do animal, pode tornar este último suscetível aos mesmos tipos de desequilíbrios, sejam eles físicos ou não. Cachorros, gatos, coelhos e peixinhos, assim com nós, não são máquinas fabricadas em série: um coração, dois pulmões, um cérebro etc. Sendo assim, não necessitam somente de água, comida e alguma afeição de seus tutores. Têm necessidades particulares, personalidades distintas e, assim como os humanos, demonstram, através do físico, que algo não está correndo bem e que não pôde ser resolvido quando ainda estava somente no plano mental ou emocional. Tratamentos naturais que consideram o indivíduo como um todo, como a terapia floral e a homeopatia, vêm sendo cada vez mais aplicados a animais de estimação e com ótimos resultados. Cada vez mais os profissionais da saúde chegam ao consenso de que a cura plena do indivíduo depende do equilíbrio total do ser (em suas dimensões física, emocional, espiritual etc.) e não só do seu estado físico. Estes métodos trabalham em diferentes níveis de energia levando à eliminação da causa da “doença” e, consequentemente, à cura.
Florais podem ser administrados inclusive em fêmeas prenhes e em filhotes, como também em pássaros, répteis e peixes, pingando gotas na boca do animal, ou sobre sua comida, no bebedouro ou na água do aquário. Os resultados obtidos da administração de essências florais em animais de estimação são incrivelmente notáveis e
significativos. A razão para esta rápida resposta é que os animaizinhos, assim como as crianças, não criam uma “couraça” ou máscara de proteção ao redor de si, não apresentam aquela resistência a mudanças típica dos adultos e, além disso, têm, na maioria das vezes, suas dificuldades ou bloqueios pessoais menos enraizados ao seu modo de ser, ou seja, estão mais abertos ao processo de adaptação e aprendizado.
É comum observar animais que recebendo o tratamento com os florais modificam totalmente seu comportamento frente ao problema tratado. Um animalzinho tímido, por exemplo, arisco e assustado na presença de pessoas estranhas, pode de repente passar a parecer até inconveniente na presença das visitas, ficando sempre por perto, tentando estabelecer contato. Minha gata por exemplo, de tão furiosa com sua filha com a qual brigava o tempo todo, desenvolveu uma gastrite que quase chegou a úlcera (diagnosticada por veterinários do Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS, perante exames laboratoriais e raio-X contrastado). Ao tomar florais para agressividade, ciúme e raiva, curou totalmente a gastrite e ficou tão manhosa que enchia sua filha de lambidas além de insistir em tentar amamentá-la, projetando sua barriga sobre a boca dela quando estava deitada… Detalhe: sua filha já tinha três anos e não mamava há muito tempo!
É importante salientar, que a Terapia Floral não vem para substituir os tratamentos convencionais da Medicina Veterinária. Pelo contrário, vem para auxiliar e trabalhar lado a lado, complementando tratamentos e prevenindo certos estados mais graves das doenças. Qual outro tipo de tratamento ou recurso há para o caso de um bichinho ciumento que se torna agressivo e não aceita um novo membro na família, por exemplo?
Livrar-se dele? Por compaixão, não! Os resultados obtidos em certos tratamentos alopáticos ou homeopáticos podem ser potencializados com o uso concomitante de essências florais e outros medicamentos. Seria ideal que mais veterinários e outros profissionais da saúde tomassem conhecimento dos benefícios das essências florais na recuperação e prevenção de certas enfermidades, porém, ainda há muita falta de informação a este respeito. Os animais, tanto quanto nós, têm o sagrado direito à vida, num viver com respeito e proteção.
Já dizia Leonardo da Vinci: “Um dia o homem conhecerá o íntimo de um animal; e neste dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a humanidade.”
Janaíne Martins
Farmacêutica e Terapeuta Floral
Especialista pelo Instituto Brasileiro de Estudos Homeopáticos – IBEH
Gerente de P&D e Qualidade na Pet Essence
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