Somali: lutando pelo seu espaço

Apreciar a beleza da pelagem semilonga de cor brilhante e deslumbrante é um prazer para nossos olhos. Mas quem vê toda a pompa do Somali hoje, não imagina como a raça foi desenvolvida.
 
Descobrindo uma nova raça
Sabe-se que a raça Abissínio, da qual se originou o Somali, foi levada do norte da África para a Inglaterra em meados do século XIX. Em 1940, criadores britânicos exportaram filhotes de Abissínios para a Austrália, Nova Zelândia e América do Norte.
Em 1967, uma criadora de Abissínios chamada Evelyn Mague era voluntária em um abrigo para animais em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Um dia, chegou ao abrigo um Abissínio de pelos longos, que foi instantaneamente reconhecido por Evelyn. “Ela já tinha ouvido rumores da existência de filhotes de pelagem longa em ninhadas, mas nunca tinha visto um até aquele momento”, conta Kathy Black do gatil Foxykats, de Oklahoma, nos Estados Unidos. Evelyn deu a ele o nome George e assegurou-se de que fosse destinado a uma boa casa.
Intrigada e fascinada pela beleza do exemplar, a criadora decidiu investigar o passado de George. Descobriu que ele era o único de pelagem longa em uma ninhada de Abissínios de pelagem curta, considerada dentro do padrão, do gatil Lo-Mi-R. Surpreendentemente, a criadora conseguiu que o gatil lhe cedesse os pais de George, que mais tarde viriam a produzir mais cinco felinos de pelagem longa. “Ela os chamava de ‘Abissínios Somalis’ porque a antiga nação da Somália fazia fronteira com a antiga Abissínia, mas como eram considerados intrusos pelos outros criadores, ela decidiu chamá-los apenas de Somalis”, explica Ray Benter do gatil ArtShow Somalis de Iowa, nos Estados Unidos.